segunda-feira, 12 de maio de 2014

Bispos aprovam documento sobre a Questão Agrária

O plenário da 52ª Assembleia Geral da CNBB aprovou na quarta-feira, 7 de maio, o Documento sobre a visão da Igreja em relação à Questão Agrária Brasileira no século XXI. O processo de construção começou há 5 anos. Desde o ano passado foi publicado como um texto de estudo da CNBB e recebeu contribuições de diversos bispos e dioceses.
O Documento aprovado está dividido em três partes. Na primeira, faz uma contextualização da situação agrária atual. “Nessa parte, os bispos mostram quais são os gritos ensurdecedores que brotam de tantas realidades, como os povos indígenas, os quilombolas, os pescadores, os ribeirinhos, os extrativistas”, explica o presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Enemésio Lazarris.
A segunda parte traz o olhar dos bispos sobre a atual questão agrária, abordando a posse e o uso da terra à luz da Sagrada Escritura e dos Documentos da Igreja. Já na terceira parte, surgem os compromissos pastorais diante da questão. Dom Enemésio destaca que o Documento “é a palavra de mais de 350 bispos hoje para a sociedade em geral sobre este tema importante”. Segundo ele, “não se destina apenas para dentro da comunidade eclesial, mas para toda a sociedade”.
A parte final do Documento apresenta os desafios diante de realidades bem concretas: trabalho escravo, defesa da natureza, cuidado com a água, produção de energia sustentável. O episcopado também cobra do poder público uma posição sobre esta realidade. “Acreditamos que esse documento seja apresentado aos candidatos aos governos estaduais e federal, dizendo qual é a posição da Igreja em relação à questão agrária, e sobretudo sobre a função social da terra e da propriedade”, disse o bispo.

Por Felipe Ferreira


Fonte - CNBB

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Delmiro Gouveia, uma princesinha?

Há mais de um ano durante a campanha eleitoral muito se ouviu falar que nossa cidade era uma princesinha do sertão. A uma princesa geralmente é atribuída uma beleza quase que inigualável fator que na atualidade não condiz com a realidade de nossa cidade. Delmiro Gouveia vive numa situação típica de cidades sem governo, pois em algumas ruas, não muito longe do centro, ou até mesmo no centro da cidade a princesinha tão propagada aparece como que desdentada, feia, suja, com esgotos a céu aberto.

Delmiro Gouveia, nossa cidade, independente de momento político que estejamos nós submetidos merece ser bem tratada, quando falo em Delmiro Gouveia, nossa cidade, falo também em Delmiro Gouveia povo, já que este povo forte, bravo, hospitaleiro e ordeiro é quem constrói diariamente esta cidade, este município, que de 6 pequenas casas no inicio do século passado, transformou-se em uma das mais importantes cidades do estado de Alagoas.

Se princesinha ou não isso não importa o fato é que tanto cidade (Estrutura) e o povo (Gente), são merecedores de um tratamento digno, os eleitos pelo voto, poder legislativo e poder executivo, são funcionários públicos responsáveis por tal tratamento digno, sendo que cada um em sua responsabilidade, os vereadores legislando e fiscalizando as ações do executivo e o executivo agindo de maneira geral e igualitária a execução de benfeitorias básicas.               
   
 Quase que todos os dias a imprensa falada de nosso município, age como que batendo uma tecla repetitiva, ou seja, o povo reclamando a falta de serviços que são seus de direito. Saímos as ruas para constatar o que o povo esta falando e foi possível ver que a princesinha tem gente morando em casa de taipa (Barros e varas), tem crianças analfabetas, tem uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que apesar de pronta não sei, sinceramente não sei por que não funciona, tem uma Unidade Mista de Emergência, que esta em emergência, tem ruas aqui na zona urbana que o esgoto escorre pelas ruas sem saneamento, em ruas do Bairro Bom Sossego e conjunto João Paulo II, tem um cemitério (onde está sepultado Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, o cearense que no Recife fundou o que poderia ser chamando de primeiro Shopping  Center do nordeste e depois veio em terras alagoanas abrir a era industrial e  energética, pois aqui nasceu o primeiro raio de luz, advindo da energia elétrica da usina pioneira de angiquinho que ainda hoje esta encravada nos paredões do Rio São Francisco, tudo isso em pleno sertão) chamando de cemitério velho, está abandonado.


Essa princesinha tão falada esta precisando de atenção, é preciso que ela e seus 50 999 habitantes como estimou o IBGE em julho, esteja em perfeita harmonia com o caminho do progresso propiciado por todos que nesta terra moram e dela tiram seu sustento.

Por Felipe Ferreira

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A NOVELA POLÍTICA DE DELMIRO GOUVEIA E A REALIDADE!


Segundo manda a boa norma ética da política se é que ela realmente existe, que todo detentor de cargo público obriga-se a servir a todos sem distinção alguma como manda a constituição republicana do nosso país. Porém assistindo aos embates políticos aqui em Delmiro Gouveia uma dúvida me veio a cabeça, se o que realmente está em jogo é o cumprimento do dever que rege a constituição ou apenas poder político?

Um fator é primordial nessa discussão, “O povo Delmirense”, andando pelos mais diversos bairros e povoados no nosso município pude constatar in loco que em meio a todo desenrolar político, tem um povo que sofre, tem um povo que precisa de moradia enquanto 369 casas estão vazias a espera de algo que desconheço, para que sejam concluídas de fato, tem um povo que precisa de educação, de escola para que liberte-se, pois o conhecimento abre portas, é preciso como diz Platão no famoso mito da caverna, que o povo saia das amarras da escuridão e veja a luz para se viver dignamente usufruindo dos direitos que são seus, temos um povo que necessita de um atendimento de saúde eficaz que não se resuma a um hospital que o estado controla, mas sim que se resuma em uma unia de vontades para que o hospital funcione bem com todos os recursos cabíveis, temos um povo que precisa de emprego, que precisa da roda da geração de emprego e renda girando no nosso município, onde o pioneiro implantou tais ideais em meio a caatinga e a terra seca do sertão.


O importante é que no final de cada novela algo de bom aconteça, se esse é o fim não sei, mas sei do seguinte, é preciso que aja por parte de todos os Delmirenses uma conjuntura de forças que busque vencer as desigualdades dentro do nosso município que desponta como um destaque em Alagoas, que esse destaque seja justo levando a toda sua população melhorias significativas como fruto de um município que está entre os primeiros em termos econômicos em nosso estado.

Que o sonho do pioneiro em transformar esse lugar em um lugar que respirasse vida e dignidade seja hoje e agora, que as diferenças políticas se encerrem dando lugar a discursos progressistas, que os fanatismos esbarrem no respeito mutuo e que as barreiras sejam derrubadas em busca do bem esta coletivo em nossa cidade, em nosso município como um todo.

Por Felipe Ferreira
Graduando de Geografia e Monitor de Geografia Agrária